terça-feira, 20 de outubro de 2009

O querer

Trinta vezes sei eu fingir que estou bem. Tenho sete vidas que nunca foram gastas porque as vidas que eu tenho mantêm-se sempre numa roda em constante movimento que nunca para.
Saio à procura de alegria, saio à procura da verdadeira razão que me faz caminhar por os inúmeros pequenos e grandes vales que se fazem sentir por toda a geometria da Terra.Tudo são pequenas fórmulas em inteira união e para tudo o que eu olho, vejo um vácuo enorme.
Tudo o que eu queria era sentar-me naquele bem dito rochedo à beira rio e ficar a olhar para as inúmeras luzes que se faziam reflectir na água poluída do rio Tejo. A escuridão da noite estava em plena sintonia com as luzes de néon que nos davam a bela vista dos vários cardumes de peixes que fugiam dos anzóis lançados pelos pescadores nocturnos. Para completar ainda mais a maravilhosa noite, vinhas tu tocar e cantar com a tua bela guitarra. Como a tua voz me fazia sentir segura.
Por momentos como estes quero acabar com as minhas sete vidas porque quero repetir estes fragmentos de pura alegria e adrenalina por mais sete vezes. As trintas vezes que eu gastei a fingir os meus sentimentos irão ser trocadas por trinta vezes em paixão.

1 comentário:

Rita Ventura disse...

Está lindoo :O