Talvez diferentes pautas, talvez diferentes escalas, talvez a meia-noite que nos sussurrava aos ouvidos, talvez os ruídos ao início da manhã. A chávena de café aquece mais quando estás aqui ao pé de mim, a divisão da casa está mais iluminada quando estás aqui ao pé de mim, o piano toca mais afinado quando estás aqui ao pé de mim, o relógio ao fundo do corredor faz parar o seu pêndulo só para sentir a nossa harmonia.
É bonito quando tu tocas desse lado e eu toco deste, puxamos pelo piano, puxamos pela sua emoção e pela sua garra. Ele responde com uma enorme rigidez que transmite suavidade e ternura. Os nossos braços movimentam-se com essa rigidez, os dedos dançam sobre as elegantes teclas brancas e pretas, e os vidros ficam embaciados com o nosso ar quente que aconchega os cobertores espalhados pela divisão. A acústica é enorme, o ideal para silenciar corações que aumentam de velocidade quando ficam fogosos. E no meio de isto tudo, continuamos ali os dois a sentir aquela ternura do piano, aquela melodia que nos abraça o corpo. O contraste das teclas é cada vez mais visível, e o movimento das mesmas é cada vez mais rápido. O piano está-se a esforçar para acompanhar o nosso afecto harmonioso, está-se a esforçar para acompanhar a nossa sintonia musical. As pessoas agasalhadas lá fora, tentam afastar-se das zonas mais profundas da neve, mas quando ouvem a nossa melodia aproximam-se dos vidros embaciados esquecendo-se do frio e dos vales da neve. Estas tentam descobrir de onde vêm esta enorme intensidade de amor mas não conseguem identificar devido ao suor que está preso aos vidros. A nossa suavidade estava segura com o piano, era só confiar mais um bocadinho na sua força que nos tentava acompanhar.
Agora? O cenário é totalmente diferente, e aquela harmonia desapareceu com o rugido do piano. O banco preto que nós os dois partilhávamos está no mesmo sítio sem a tua presença, as teclas já não fluem com tanta ternura, os vidros já não ficam embaciados, a sala está mais escura que nunca e a curiosidade das pessoas desapareceu. A nossa melodia desapareceu mas não foi culpa do piano. Com dificuldade, ele acompanhou o nosso amor que o fazia estremecer com a carga de melodia afectuosa que lhe era transmitida, mas o amor acabou por nunca ter sido explorado. Só preciso de confiança para fazer com que esta melodia aconteça. O piano já está à nossa espera, e os vidros à espera do nosso amor unido. Os corações ficarão em silêncio e o deslumbramento do nosso amor será mostrado.
É bonito quando tu tocas desse lado e eu toco deste, puxamos pelo piano, puxamos pela sua emoção e pela sua garra. Ele responde com uma enorme rigidez que transmite suavidade e ternura. Os nossos braços movimentam-se com essa rigidez, os dedos dançam sobre as elegantes teclas brancas e pretas, e os vidros ficam embaciados com o nosso ar quente que aconchega os cobertores espalhados pela divisão. A acústica é enorme, o ideal para silenciar corações que aumentam de velocidade quando ficam fogosos. E no meio de isto tudo, continuamos ali os dois a sentir aquela ternura do piano, aquela melodia que nos abraça o corpo. O contraste das teclas é cada vez mais visível, e o movimento das mesmas é cada vez mais rápido. O piano está-se a esforçar para acompanhar o nosso afecto harmonioso, está-se a esforçar para acompanhar a nossa sintonia musical. As pessoas agasalhadas lá fora, tentam afastar-se das zonas mais profundas da neve, mas quando ouvem a nossa melodia aproximam-se dos vidros embaciados esquecendo-se do frio e dos vales da neve. Estas tentam descobrir de onde vêm esta enorme intensidade de amor mas não conseguem identificar devido ao suor que está preso aos vidros. A nossa suavidade estava segura com o piano, era só confiar mais um bocadinho na sua força que nos tentava acompanhar.
Agora? O cenário é totalmente diferente, e aquela harmonia desapareceu com o rugido do piano. O banco preto que nós os dois partilhávamos está no mesmo sítio sem a tua presença, as teclas já não fluem com tanta ternura, os vidros já não ficam embaciados, a sala está mais escura que nunca e a curiosidade das pessoas desapareceu. A nossa melodia desapareceu mas não foi culpa do piano. Com dificuldade, ele acompanhou o nosso amor que o fazia estremecer com a carga de melodia afectuosa que lhe era transmitida, mas o amor acabou por nunca ter sido explorado. Só preciso de confiança para fazer com que esta melodia aconteça. O piano já está à nossa espera, e os vidros à espera do nosso amor unido. Os corações ficarão em silêncio e o deslumbramento do nosso amor será mostrado.
34 comentários:
'Os corações ficarão em silêncio e o deslumbramento do nosso amor será mostrado.'
este texto está lindo.
lindo mesmo.
até imaginem a cena.
lindo mesmo..
QUE TEXTO :O está perfeito. escreves mesmo bem *
EStá lindo, mas mesmo lindo. Ele tem muita sorte em te ter, sabes ? Assim que ele ler isto, e se identificar com ele, vai explodir de alegria :)
o que foii ?
bem preciso
espero que sim
já não vinha ao teu blog há algum tempo,
tinha saudades dos teus textos.
e voltaste em grande.
:D
agora é que disseste tudo.
fico à espera de mais textos teus :)
acredita, está fabuloso * :)
obrigada! adorei o teu blog, estou a seguir-te :)
aii, estás cada vez a escrever melhor. love you
Obrigado* mas não é nada de especial comparado com o que li aqui! ;)
tu também pequena :) <3
Ele havia de gostar ler isto ;)
a seu tempo, quando lhe disseres, calma :)
(tenho que fazer outro que aquele está muito congestionado )
Adorooo :)
e fazes tu muito bem,
era um desperdicio se não viesses :p
A-M-O-R-O-S-O
ou correr e beijar-te muito :)
Oh...és uma querida :) *
Mas continuo a dizer que tu escreves bem melhor x)
Sabe sempre bem ouvir isso :)
Obrigado*
obrigada. tu escreves bastante bem, adoro todos os teus textos. este está lindo (:
Eu digo :D
Escreves tão bem Cátia!
Adorei, tal como adoro os outros teus textos! *.*
E eu não sou assim tão bonita...pelo menos aos meus olhos :x
Ainda estou numa de tentar acreditar e olhar para mim e perguntar "Mas onde é que eu sou mesmo parecida com ela? É que nem de corpo...quem me dera ser magrinha como ela."
Quando ao corpo raté pode ser com um esforço consiga lá chegar :x
muito poucos mesmo.
adorei!*
Acho que estive ali a ver tudo isso...do lado de fora da janela,,,o frio desapareceu durante um bocado.. e gostei da melodia *.*
Que texto brilhante...
E que textozão, está olha, eu nem sei, excelente talvez seja pouco, tu transmites tudo aquilo que estás a sentir a quem está a ler, e isso é optimo.
Continua, amei :D
obrigado eu :)
Adorei o texto. Brutal. *
a-m-e-i!
ai cati, escreve maiiiiis!
love you <3
escreves tao bem *.*
amei o blog :$
está definitivamente espectacular, asério :D leninha
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